13/09/09

EVOLUÇÃO DO XADREZ EM PORTUGAL

É opinião generalizada que o xadrez nacional necessita de algo que o revitalize, tanto em termos de formação como em termos financeiros. Sempre que nos encontramos em qualquer actividade xadrezistica, com pessoas do xadrez que gostam do xadrez pelo jogo, pela diversão, pela característica social, enfim…por todo um conjunto de factores que apenas as pessoas que pertencem realmente ao xadrez e se preocupam com o futuro do mesmo, surgem ideias construtivas conducentes a algum tipo de evolução do xadrez português.

Ao longo dos anos em que tenho trabalhado na área da formação é com alguma tristeza que observo a quantidade de jovens talentosos que surgem na modalidade mas que com o evoluir da idade decrescem o seu nível de jogo em termos internacionais.

Culpa de quem?

Mais do que procurar a culpa, penso que nos devemos concentrar em encontrar a solução e de uma vez por todas abandonar conceitos minúsculos que existem no centro de decisões do xadrez nacional: a Assembleia Geral da FPX.

Será assim tão difícil compreender que a melhoria generalizada do xadrez nacional conduz a uma melhoria do xadrez a nível distrital e clubístico?

Alguns dirão que há muita coisa a fazer, opinião que eu corroboro vivamente, mas o certo é que é muito raro aparecerem propostas concretas e exequíveis de reformulação do que quer que seja.

Deste modo lanço aqui o repto a uma reformulação radical em duas áreas que considero de extrema importância para uma evolução do xadrez já a curto e médio prazo:

1. Os campeonatos nacionais de jovens;

2. As taxas de filiação

No primeiro exemplo, urge clarificar o processo de apuramento dos respectivos campeões nacionais jovens, que obviamente não pode ser decidido com base no Bucholz, sendo o caso dos femininos ainda mais ridículo, dado que muitas das vezes as jogadoras nem se defrontam entre si.

Desta forma, considero que o actual modelo serviria apenas de apuramento para uma final onde estariam os melhores a decidirem entre si o título num torneio fechado de partidas lentas. Assim, o torneio absoluto apuraria os oito primeiros e o torneio feminino as quatro primeiras.

E se o argumento para evitar isto for a falta de calendário torna-se claro que esta final poderia ser disputada imediatamente após o final do ano lectivo.

No caso do segundo ponto é óbvio, o ridículo que é as taxas de filiação, até para os que surgem de novo na modalidade.

Com que cara é podemos pensar em patrocínios e apoios e etc…se por vezes nem as pessoas que praticam a modalidade querem ouvir falar em aumento das taxas de filiação e protegem-se com o argumento que essa medida iria fazer com que alguns jogadores abandonassem a modalidade?!?!! Mas as pessoas jogam xadrez porque gostam ou porque a taxa de filiação é ridiculamente baixa?

E porque razão é que tem que ser os clubes, ou pior ainda, as Associações a pagar as taxas de filiação dos jogadores? Haja paciência…

Já que em Portugal se gosta de copiar outros modelos, deixo o exemplo francês, em que para jogar a liga na 1ª divisão paguei do meu bolso os respectivos quarenta e dois euros da taxa de filiação.

Assim, proponho que as taxas de filiação de um clube sejam no mínimo de cem euros e que as taxas individuais variem entre doze e vinte e cinco euros (depois discute-se a divisão associações, FPX e se seria exequível incluir algo nesses 25 euros como por exemplo uma publicação regular).

No último artigo que apresentei tinha deixado o desafio aos leitores no sentido de descobrirem onde é que o rei preto vai ser executado e quem se move para dar o xeque final, pelo que apresento a respectiva solução:

1.Cd2+, Ra2 2.Cc3+, Ra3 3.Cb1+,Rb4 4.Ca2+, Rb5 5.Ca3+, Ra6 6.Cb4+, Ra7 7.Cb5+, Rb8 8.Ca6+, Rc8 9.Ca7+, Rd7 10.Cb8+, Re7 11.Cc8+, Rf8 12.Cd7+, Rg8 13.Ce7+, Rh8 14. Rg3# 1-0





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