13/09/09

RUBEN PEREIRA, CAMPEÃO DE PORTUGAL 2009


Ruben Pereira, foto editada do sitio Xadrez64

O MI Ruben Pereira, decidiu a seu favor a vitória na Fase Final do Campeonato Nacional Individual Absoluto 2009 ao bater na 9ª e última ronda o MF João Cordovil.
O Ruben, concretizou 6,5 pontos em 9 possiveis.
O GM António Fernandes, vencedor da edição 2008 desta prova, sagrou-se Vice-campeão de Portugal com 6 pontos.
Destaque muito pela positiva para o jovem sub-16 Jorge Ferreira e para o experiente António Pereira dos Santos.


Classificação final após as 9 rondas do Nacional Absoluto 2009 - Fase Final

Ruben Pereira - João Cordovil
Campeonato Nacional Individual Absoluto - Fase Final
13/09/2009, Ronda 9, Amadora
ECO:C97

1.e4 e5 2.Nf3 Nc6 3.Bb5 a6 4.Ba4 d6 5.c3 Nf6 6.0-0 Be7 7.Re1 0-0 8.h3 b5

9.Bb3 Na5 10.Bc2 c5 11.d4 Qc7 12.Nbd2 Bb7 13.d5 Bc8 14.Nf1 Nc4 15.Ng3 Re8

16.Nh2 Rf8 17.Nf3 Re8 18.Nh2; O empate carimbava automáticamente o titulo de Campeão Nacional Absoluto ao Ruben.

18...g6; João Cordovil, recusa o empate por repetição de lances.

19.Ng4;

[ 19.b3 ]

19...Nxg4 20.hxg4 Qd8 21.a4 Nb6 22.axb5 axb5 23.Rxa8 Nxa8 24.Nf1 Bg5 25.Ne3;

[ 25.Bxg5 Qxg5 26.Qe2 Nc7 27.Ne3 = ]

25...Nb6;

[ 25...Qf6 ]

26.g3 Nd7 27.b3 Nf6 28.f3 h5 !;

[ 28...Ba6 ]

29.gxh5 Nxh5 30.Kf2;


30...,Nxg3 ! João Cordovil;

31.Kxg3 Bf4+ ??;

[ 31...Bh4+ 32.Kg2 Bxe1 33.Qxe1 Kg7 34.Bd3 Bd7 35.Qg3 Rh8 36.Nf5+ Bxf5
37.exf5 Qa5 38.fxg6 Qa2+ 39.Kg1 f6 ! 40.Be3 Qa1+ 41.Bf1 Qxc3 42.f4 Qc2
43.fxe5 fxe5 44.Bxb5 Qd1+ 45.Bf1 Qxd5 46.Qg2 Qxg2+ 47.Kxg2 Kxg6
48.Bd3+ Kf6 49.Kf3 Ke6 -/+ ]

32.Kf2 + -;

[ 32.Kg2 ?? Qh4 33.Rh1 Qg3+ 34.Kf1 Bh3+ 35.Ke2 Bg2 36.Nxg2
( 36.Rf1 ?! Bxf1+ 37.Qxf1 Ra8 38.Bd2 Ra2 39.Qb1 Qh2+ 40.Kd3 Bxe3 41.Kxe3 Qf4+
42.Ke2 Qh2+ 43.Kd1 Qh1+ 44.Ke2 Qxb1 45.Bxb1 Rb2 46.Bd3 Rxb3 =/+ )
36...Qxg2+ 37.Kd3 Bxc1 38.Qxc1 Qxf3+ 39.Kd2 Qf2+ 1/2:1/2 ]

32...Qh4+ 33.Ke2 Qh2+ 34.Kd3 c4+ 35.bxc4 bxc4+ 36.Nxc4 Ba6 37.Bxf4 exf4

38.Qe2 Qh8 39.Kd2 Rc8 40.Bd3 Qf6 41.Ra1 Bb5 42.Ra5 Rb8 43.Kc2 Qd8

44.Ra1 Bxc4 45.Bxc4 Qb6 46.Kd3 Rc8 47.Ra2 Qc5 48.Ra4 Kg7 49.Kc2 Rh8

50.Qd2 Rh3 51.Qd4+ Qxd4 52.cxd4 Rxf3 53.e5 dxe5 54.d6;
1-0




>>

EVOLUÇÃO DO XADREZ EM PORTUGAL

É opinião generalizada que o xadrez nacional necessita de algo que o revitalize, tanto em termos de formação como em termos financeiros. Sempre que nos encontramos em qualquer actividade xadrezistica, com pessoas do xadrez que gostam do xadrez pelo jogo, pela diversão, pela característica social, enfim…por todo um conjunto de factores que apenas as pessoas que pertencem realmente ao xadrez e se preocupam com o futuro do mesmo, surgem ideias construtivas conducentes a algum tipo de evolução do xadrez português.

Ao longo dos anos em que tenho trabalhado na área da formação é com alguma tristeza que observo a quantidade de jovens talentosos que surgem na modalidade mas que com o evoluir da idade decrescem o seu nível de jogo em termos internacionais.

Culpa de quem?

Mais do que procurar a culpa, penso que nos devemos concentrar em encontrar a solução e de uma vez por todas abandonar conceitos minúsculos que existem no centro de decisões do xadrez nacional: a Assembleia Geral da FPX.

Será assim tão difícil compreender que a melhoria generalizada do xadrez nacional conduz a uma melhoria do xadrez a nível distrital e clubístico?

Alguns dirão que há muita coisa a fazer, opinião que eu corroboro vivamente, mas o certo é que é muito raro aparecerem propostas concretas e exequíveis de reformulação do que quer que seja.

Deste modo lanço aqui o repto a uma reformulação radical em duas áreas que considero de extrema importância para uma evolução do xadrez já a curto e médio prazo:

1. Os campeonatos nacionais de jovens;

2. As taxas de filiação

No primeiro exemplo, urge clarificar o processo de apuramento dos respectivos campeões nacionais jovens, que obviamente não pode ser decidido com base no Bucholz, sendo o caso dos femininos ainda mais ridículo, dado que muitas das vezes as jogadoras nem se defrontam entre si.

Desta forma, considero que o actual modelo serviria apenas de apuramento para uma final onde estariam os melhores a decidirem entre si o título num torneio fechado de partidas lentas. Assim, o torneio absoluto apuraria os oito primeiros e o torneio feminino as quatro primeiras.

E se o argumento para evitar isto for a falta de calendário torna-se claro que esta final poderia ser disputada imediatamente após o final do ano lectivo.

No caso do segundo ponto é óbvio, o ridículo que é as taxas de filiação, até para os que surgem de novo na modalidade.

Com que cara é podemos pensar em patrocínios e apoios e etc…se por vezes nem as pessoas que praticam a modalidade querem ouvir falar em aumento das taxas de filiação e protegem-se com o argumento que essa medida iria fazer com que alguns jogadores abandonassem a modalidade?!?!! Mas as pessoas jogam xadrez porque gostam ou porque a taxa de filiação é ridiculamente baixa?

E porque razão é que tem que ser os clubes, ou pior ainda, as Associações a pagar as taxas de filiação dos jogadores? Haja paciência…

Já que em Portugal se gosta de copiar outros modelos, deixo o exemplo francês, em que para jogar a liga na 1ª divisão paguei do meu bolso os respectivos quarenta e dois euros da taxa de filiação.

Assim, proponho que as taxas de filiação de um clube sejam no mínimo de cem euros e que as taxas individuais variem entre doze e vinte e cinco euros (depois discute-se a divisão associações, FPX e se seria exequível incluir algo nesses 25 euros como por exemplo uma publicação regular).

No último artigo que apresentei tinha deixado o desafio aos leitores no sentido de descobrirem onde é que o rei preto vai ser executado e quem se move para dar o xeque final, pelo que apresento a respectiva solução:

1.Cd2+, Ra2 2.Cc3+, Ra3 3.Cb1+,Rb4 4.Ca2+, Rb5 5.Ca3+, Ra6 6.Cb4+, Ra7 7.Cb5+, Rb8 8.Ca6+, Rc8 9.Ca7+, Rd7 10.Cb8+, Re7 11.Cc8+, Rf8 12.Cd7+, Rg8 13.Ce7+, Rh8 14. Rg3# 1-0





>>