18/10/08

A RESPOSTA DE CARLOS PEREIRA DOS SANTOS A ARLINDO VIEIRA E A ANTÓNIO FERNANDES


FOTO DE ARLINDO VIEIRA

COMENTÁRIO, DE ARLINDO VIEIRA PARA ANTÓNIO FERNANDES, ANTERIORMENTE PUBLICADO NO VIRIATOVITCH CHESS


O comentário foi lido pelo GM António Fernandes e também pelo MI Carlos Pereira dos Santos.

"Não sei se me vais ler, mas...
Agora esclarecido, depois de te ler lido António. Gostar, gostei da última parte, mas faz um favor a ti próprio e ao xadrez português: cumpre o que escreveste!
Sabes o meu Clube foi acusado uma vez de ter feito cair uma Direcção da FPX, o que não pode deixar de me provocar sorrisos e ainda hoje me penalizo, espinha cravada na garganta de não termos ido além, o que significa judicialmente, em determinado problema, em determinadas decisões, em actas escritas, na forma como decorreram certas Assembleias Gerais. As noites que passamos em discussão com aval jurídico, se iríamos ou não processar a Direcção da FPX. Decidimos que para bem do xadrez, para a não possível perda de utilidade pública, deixar estar, passar. Erro!
Chega de impunidade no Xadrez Português!

Agora outra questão, António:
Fazes ou não fazes parte de um órgão com direito de voto na FPX, chamado Associação Portuguesa de Mestres de Xadrez?
Se sim, qual a posição desta?
Onde publicamente a sua posição ?
Que órgão é este?
Que actividade tem, como defende os seus membros?


Ainda outra questão: se resolvida a bem a tua questão:

ficas satisfeito?

Achas que o Xadrez Português explodirá para o progresso?
Haverá ou não haverá posição/obrigação de uma tomada de uma posição ética, estética e propulsora de futuro do xadrez nacional dos únicos GRANDES MESTRES deste pobre xadrez nacional?
Abraço do Arlindo Vieira"



Caro, Arlindo Vieira, eis a resposta de Carlos Pereira Dos Santos:




A.P.M.X. - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE MESTRES DE XADREZ

" A meu ver, a APMX, e respondendo de forma objectiva, deveria cumprir 3 papéis:


- Defender os mestres junto da comunidade xadrezística, quer expressando posições suas (maioritárias, minoritárias ou individuais)

e defender a posição maioritária dos mestres através dos seus votos em AG,

participar em regulamentação e coisas afins sempre que os assuntos forem da sua esfera;


- Ter uma boa página web sempre actualizada e com conteúdos para toda a comunidade;


- Procurar fundos e patrocínios para participar também activamente em questões organizativas e apoios a mestres.


Quando me candidatei, pensei que com organização talvez conseguisse cobrir os dois primeiros pontos, o que já era muito bom!


Actualmente, confesso que o segundo ponto caiu.

Devido à minha actividade profissional, trabalhando isoladamente não consigo dar resposta à actualização da página.

É claro que estou sempre aberto a sugestões.


Relembro que nos primeiros tempos após a minha eleição, tentei criar um clima de colaboração entre os mestres para conseguir dar resposta.

Não é fácil....


Quanto ao primeiro ponto, estou satisfeito com o que temos feito.

Já participámos em alguns debates que nos dizem respeito.

É a mais absoluta verdade que tenho conseguido que os mestres opinem sobre muitos assuntos. Através da nossa mailing list tenho conseguido recolher opiniões de forma a conseguir que a APMX tome posições nas AG de acordo com uma opinião maioritária entre os mestres.

Neste momento estamos numa fase dessas.


É necessário ter uma posição sobre o processo que se está a desenrolar sobre as selecções. Temos uma fase de debate e recolha, seguido de uma fase de resumo e finalmente a elaboração de uma posição oficial.


Tenho orgulho de fazermos as coisas assim, ou seja, de pensar bem sobre os comunicados que fazemos recolhendo informação, falando, não pensando através de uma cabeça só e de forma imediatista.

Resumindo, penso estar a conseguir dar uma resposta razoável ao ponto 1.


Infelizmente, só isso tem sido possível, pelo que se aparecer alguém que queira avançar, com ideias para atacar melhor os assuntos, terá obviamente todo o meu apoio.


Dentro de dias teremos a nossa posição escrita, que seguirá em comunicado para a FPX e presidentes das Associações.

Também será colocada pública online.

Essa posição está a ser estudada já há muitos dias.


Abraço, Carlos Santos"




DRESDEN - ALEMANHA
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STREETFIGHTING CHESS, CRITICA AO LIVRO - POR RUI MARQUES


Saiu não há muito tempo o livro Street Fighting Chess, pelo escocês Andrew Burnett.
É sempre de desconfiar quando um livro de Xadrez não é escrito por um mestre – afinal não são os mestres os detentores da verdade xadrezistica?
Talvez sim, mas para um jogador mediano, que não tem grandes hipóteses de chegar ao top, talvez uma aproximação mais pragmática
(e menos “pura”)
tenha melhores resultados, quer a nível de ganhar torneios, subir uns pontitos no elo, ou simplesmente fazer boas partidas.
E o autor não sendo mestre, é sem dúvida um veterano dos torneios abertos e já derrotou um bom número de GMs, vindo com o livro partilhar a sua experiência xadrezistica.
O livro advoga uma aproximação de ataque ao xadrez
(o titulo do primeiro capítulo – The king must die – é revelador),
baseado na luta pela iniciativa desde o primeiro lance.
O livro cobre os vários aspectos que qualquer jogador vai inevitavelmente encontrar ao longo da sua carreira – desde capítulos sobre a abertura, meio, e final, como questões mais práticas como fugir à preparação dos adversários, jogar posições dificeis, lidar com as derrotas, enfrentar jogadores mais fortes e a questão sempre presente no xadrez do jogo psicológico
(mind games).
Os pontos de vista do autor parecem-me excelentes, e quando muito levantarão questões para fazer o leitor pensar pela sua própria cabeça, que é afinal o que é preciso para jogar bem Xadrez.
São apresentados três jogadores modelo para o Streetfighter – Mikhail Tal
(dispensa comentários),
Bent Larsen
(não tão famoso, mas igualmente importante)
e o escocês Paul Motwani
(afinal sempre convém ter um héroi mais próximo da terra).
O livro conclui com alguns exercicios em que o leitor deve encontrar a melhor maneira de lutar pela iniciativa ou aproveitá-la.

Acho que o livro é excelente – a questão é que apesar de pôr sempre as coisas pelo ponto de vista do ataque, o autor percorre uma série de temas que são essenciais para jogar bem em geral, e que muitos jogadores medianos ou ignoram, ou sistemáticamente não praticam – coisas como tentar ver um lance mais à frente, a importância das tácticas para fins que não o mate directo ou o ganho de material, a noção de que muitas vezes o ataque não acaba com a troca das damas etc,etc.
Talvez, a única lacuna seja a parte da defesa, mas afinal trata-se de um livro sobre ataque!
No entanto, mesmo que o leitor não seja
(nem pretenda ser)
um jogador de ataque, mas sim um posicional e/ou materialista, e apelide "os streetfighters" com a palavra mais portuguesa de “barreteiros”, o livro vale a pena – dá para aprender sobre xadrez e ver as armadlihas que os terríveis "streetfighters"(barreteiros!) lhe preparam para o tirar dos seus caminhos tranquilos e posicionais...

Para concluir quero mostrar dois exemplos da minha prática/observação que, a meu ver, validam de algum modo certas opiniões expressas no livro.
Se, o leitor achar estes exemplos interessantes, vai encontrar muito melhor no livro...

No capítulo sobre finais, que o autor diz que prefiria não ter que escrever
(ou seja acharia melhor ter dado mate antes de chegar ao final...)
é defendida a ideia de que o rei pode sempre levar mate.

Ora vejam o seguinte exemplo:

Igor Kovtun – Márcio Catarino
Cela – 2008

Na posição do diagrama, bom era 1. ... Bc2! E se 2. Rg4?? (unica para defender o peão) Bd1#! Mate com um bispo sózinho!

A partida que se segue é contra o Carlos Oliveira, definitivamente um streetfighter português.
Esta partida veio-me à cabeça quando li o livro, por ilustrar tantos pontos nele presentes, especialmente a luta pela iniciativa.
No entanto, ao contrário do livro, aqui a defesa acaba por triunfar e o jogo acaba num empate...

Oliveira,Carlos (2125) - Marques,Rui (2123) [D44]
BMRR Grandella Lisboa (3), 19.07.2007
1.d4 d5
2.c4 c6
3.Cf3 Cf6
4.Cc3 e6
5.Bg5 h6
6.Bh4 dxc4
7.e4 g5
8.e5!?
Seguindo o conselho, vital para os streetfighters, de sair da teoria relativamente cedo
8...Cd5
9.Bg3 b5
10.h4 g4
11.Cd2 h5
12.Cce4 Bh6!?
As pretas também teêm algumas ideias...
13.Cd6+ Re7
14.a4?!
permitindo o plano das pretas [14.Cxc8+ e as brancas devem ter alguma vantagem, dados os buracos nas casas pretas e a possibilidade Ce4-d6 das brancas]
14...Da5!
15.axb5 Bxd2+
Era esta a ideia das pretas e agora?
16.Re2!
afinal as brancas também tinham ideias! A dama e o Bispo estão atacados!



16...Cc3+!!
mas havia uma contra-contra ideia!
17.bxc3
[17 Rd2 Cb1+!! (e não Cxd1+?? Txa5+-) Re3 Dxa1]
17... Dxc3
18.Dxd2 Dxa1
19.Db4
Claro que Dg5+ levava a empate por xeque perpétuo - mas os streetfighters querem mesmo dar mate e não perpétuo! A ameaça de mate em dois (Cf5+) não é propriamente subtil, mas ameaçar mate tem sempre um efeito psicológico no adversário...


19...Rf8!?
Mais uma vez as pretas também têm ideias próprias... Bd7 talvez fosse melhor, com a ideia de responder a Cf5+ com Rd8 e tentar aproveitar a vantagem material. Mas os streetfighters não têm demasiado respeito pelo material... A iniciativa e o ataque são mais importantes!
20.Cxc8+ Rg7
21.Cd6 cxb5
22.Dxb5 Cc6!
Continuando com a ideia - desembaraçar-se das peças da ala de dama para poder ir com as torres atrás do rei branco!
23.Dxc6 Tab8
24.Dxc4
Por seu lado as brancas seguem o conselho, muitas vezes bom, de tomar o máximo de material, para o poder devolver na altura certa
24...Tb2+
25.Re3 Thb8?
um "blunder"... [25...De1+! - perseguir imediatamente o rei branco mantém o jogo dentro dos limites do empate]

26.Rf4?
Mas as brancas perdem a oportunidade! [26.Cf5+!! exf5? 27.Dxf7+!! revelando que mesmo para os streetfighters a defesa é importante! as brancas devolvem material para entrar num final ganhador! 27...Rxf7 28.Bc4+ Re7 29.Txa1+-]
26...T2b4
O jogo está ao rubro. A luta torna-se completamente irracional e eu abstenho-me de grandes análises nesta fase e convido o leitor a tentar descobrir a verdade (quem sabe talvez com ajuda do seu fiel amigo Rybka). O facto é que com o relógio a contar a posição é muito dificil... para os dois lados.
27.Dc2?
[27.Bd3! Dxh1 28.Dc7! - devolver material para contra-atacar...]
27...Txd4+?
[27...Dxd4+! ganha, mas é preciso ver como]
28.Ce4 Tb1?!
As pretas, depois o rei branco ter conseguido fugir para f4, sentem-se frustradas e atiram-se ao material... [28...Txe4+ é correcto e empata, mas mais uma vez é preciso calcular bem]
29.f3 Txf1
30.Txf1 Dxf1
Finalmente o jogo torna-se mais ou menos racional. O rei branco está relativamente seguro em f4 e as brancas têm provavelmente uma ligeira vantagem. Mas o jogo foi dificil e o tempo escasseia...


31.Bf2??
Finalmente o meu adversário comete um erro crasso, que lhe devia ter custado a partida.
31...Dxg2!
32.Re3 Tb4??
Mas eu também falho, por não ver uma contra-chance! [32...Td5-+ e as brancas estão feitas num oito]
33.Cg5!
E agora, são as pretas que estão em maus lençois!

33...Tb7!
Única para não perder de imediato
34.Dh7+ Rf8
35.Cxe6+! Re7!
36.Cd4

36...Tb3+!
Mais uma vez as pretas encontram o único lance para não perder! [36...Tb2? 37.Cf5+ Re6 38.Dh6+! com ataque ganhador - a combinação da dama com o cavalo é demasiado forte.]
37.Cxb3 Dxf3+
38.Rd4 Dxf2+
39.Rc4!? Df4+?
Outro erro embaraçoso. [39...g3! e o peão g3 é suficientemente perigoso para empatar o jogo - as peças brancas não têm cordenação suficiente para fazer estragos a tempo]

40.Cd4!
Defendendo o peão e5 com o duplo em c6! As pretas estão outra vez em apuros!
40...Dc1+
41.Rd5 Dh1+
42.De4
Única para tentar ganhar. Senão as pretas dão sempre xeque e o rei não se consegue esconder. [42.Rc5 Dc1+]
42...Dxe4+
Não é que o final seja apelativo, mas esta troca é obviamente obrigatória.
43.Rxe4 Rd7



44.Cf5?
Permitindo finalmente às pretas um jogo fácil. [O lance de espera 44.Re3!? tornava as coisas bem mais dificeis - a ideia é que 44... a5?? perde o peão “a” para 45 Cb3! (45 ... a4 46 Cc5+) e as brancas ganham. A tarefa das pretas seria bem mais dificil neste caso.]
44...a5!
Agora o final está empatado - no entanto, não esquecer - os streetfighters jogam até ao fim! Neste caso não houve mais aventuras, mas nunca se sabe...
45.Cg3 a4
46.Rd4 a3
47.Rc3 Re6
48.Cxh5 Rxe5
49.Cg3 f5
50.h5 Rf6
51.h6 f4
52.h7 Rg7
53.Ch5+ Rxh7
54.Cxf4 g3
1/2-1/2




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XADREZ É CURRICULAR NO 1º CICLO



Zonal de Xadrez - Escolas - local: Externato Cooperativo da Benedita - 2001

O Xadrez Escolar no 1º ciclo é curricular e é importante para a criança, pois ajuda a estruturar o seu raciocínio e arranjar mecanismos simples que elas apreendem com o xadrez e que eles podem aplicar na vida do dia a dia.
O xadrez no 1º Ciclo é curricular, na disciplina de Matemática, tal como qualquer jogo de estratégia.
No programa do 1º Ciclo de Matemática diz o seguinte:
“MATERIAL
Na aprendizagem da matemática, como em qualquer outra área, as crianças
são enormemente dependentes do ambiente e dos materiais à sua disposição.
Neles, a criança deverá encontrar resposta à sua necessidade de exploração,
experimentação e manipulação.
(Página 168)
Sendo os objectos da Matemática entes abstractos, é importante que os
conceitos e relações a construir possam ter um suporte físico.
Se por um lado a manipulação de material pode permitir a construção de certos
conceitos, por outro lado, pode servir, também, para a representação de modelos
abstractos permitindo, assim, uma melhor estruturação desses conceitos.
Para estes fins poderá ser utilizado:
O próprio corpo;
Material disponível na sala de aula: lápis, caixas, papéis, mesas, etc.;
Material não estruturado recolhido pelos próprios alunos e pelos professores;
Material estruturado ou construído com objectivos específicos (blocos
lógicos, ábacos, geoplano…);
O computador — linguagem Logo (quando possível).

Convém ainda realçar a importância que alguns jogos podem ter no desenvolvimento
de competências necessárias à resolução de problemas.
Os tradicionais jogos de «pedrinhas» e «pauzinhos», os dominós, o rapa, os jogos de dados
e de cartas, os jogos de construções e os jogos de estratégia (batalha naval,
damas, xadrez, «mastermind», etc.), são exemplos de jogos que favorecem:
a capacidade de aceitar e seguir uma regra;
o desenvolvimento da memória;
a agilidade de raciocínio;
o gosto pelo desafio;
a construção de estratégias pessoais.

A par de enorme prazer que proporcionam constituem ainda, como todos
os jogos, um importante factor de crescimento emocional e social.
A partir de jogos simples já conhecidos, o professor deverá estimular as
crianças a inventarem novos jogos.”

In: pagina 168 do programa do Matemática do 1º Ciclo (Ministério da Educação - Portuguesa).

A questão agora é a seguinte porque é que o programa não está a ser cumprido em todas as escolas portuguesas?
Vou dar algumas possíveis respostas:
1) Muitos dos professores não têm formação nesta área (xadrez).
2) O poder político local e muitos Conselhos Executivos das Escolas não o querem aplicar.
3) Falta de Monitores / Treinadores suficientes nas zonas das escolas que apoiem os professores.
4) Falta de salas.

Agora dou algumas sugestões para serem ultrapassadas as dificuldades acima indicadas:
Em relação ao ponto: 1) passa por dar formação a todos professores.
2) O poder central obrigar a aplicá-lo.
3) Passava também por colocar os técnicos nas Escolas como estão a fazer com os professores de música por exemplo.
4) As parcerias com as instituições locais podem fazer ultrapassar este facto.

O Exemplo da Freguesia da Benedita

Vou agora dar-vos um exemplo da Freguesia da Benedita, como poderia apresentar um qualquer outro deste Portugal, onde existem muitos locais onde o xadrez escolar está bem implantado porque há muita força de vontade.

Este ano lectivo, 2008/2009, o Externato Cooperativo da Benedita, onde o Director é o Sr. Dr. Alfredo Lopes, que tem alunos desde o 7º Ano ao 12º Ano, local onde dou aulas, continuou com a politica de apoio ao xadrez, sobretudo no primeiro ciclo, porque a visão desta instituição é de uma visão a longo prazo e sabe que se os alunos tiverem as competências que o xadrez dá aos alunos do 1º ciclo o Externato vai ter daqui uns anos melhores alunos.
Assim deu-me mais horas para o xadrez. Onde a maioria destas horas estão a ser dadas no primeiro ciclo.
Com as boas relações existentes com o Agrupamento de Escolas da Benedita, dirigido pela Srª. Drª Lúcia Serralheiro, foi possível chegar a todas as escolas da Freguesia da Benedita, com excepção, até ao momento do Escola do Ninho de Águia.
Mas ainda tenho de esperança chegar a ter o prazer da integração dos alunos desta escola.
Ou seja, estamos a falar de 7 escolas da Freguesia da Benedita onde todas têm xadrez. Logo a primeira resposta que falei acima o ponto 1) foi ultrapassada onde sou eu a dar a formação aos alunos onde os professores das turmas estão presentes, nos casos os encarregados de educação terem autorizado. Assim o ponto 2) das respostas também foi ultrapassado.
Em relação ao ponto 3) aqui existe um problema, muitas turmas não têm xadrez, porque não tenho horário para todas elas infelizmente.
Era necessário mais monitores/treinadores de xadrez, ou os professores das turmas terem sido formados nesta área.
Hoje, 17 Outubro 2008, tenho 140 alunos inscritos do 1º ciclo, das Escolas Básica 1 Benedita, Freires, Candeeiros, Azambujeira, Cabecinha, Ribafria, Frei Domingos.
Por decisão do Agrupamento de Escolas da Benedita foi perguntado aos professores de todas as turmas se queriam ter xadrez na hora de Matemática ou no Apoio ao Estudo. A maioria pretendeu o Apoio ao Estudo.
A Escola da Ribafria (toda as turmas têm xadrez desde o 1º Ano ao 4º Ano) tem o xadrez dentro da disciplina da Matemática. A Escola Básica 1 Frei Domingos também tem na hora da Matemática. As restantes escolas têm o xadrez no Apoio ao estudo.
Em relação à Escola Básica 1 da Benedita o xadrez é dado fora da Escola, numa parceria com o Centro Paroquial da Benedita, por causa de falta de salas, aplicando assim a resposta 4).

Fico assim muito satisfeito com aquilo que faço e o apoio que tenho tido neste ano e nos anteriores. Mas fico “triste” porque muitas crianças do 1º ciclo estão a pedirem-me para ter xadrez e eu não posso satisfazer o seu pedido porque não posso estar em dois sítios ao mesmo tempo.
Ou seja, a falta de tempo é um factor importante ter em conta.

Agora deixo um desafio aos pais! Se o seu filho não tem xadrez na Escola, obrigue a ter, pois o xadrez é curricular!

Deixo aqui os meus agradecimentos a todos os professores e Instituições, desde o Ministério e Escolas e seus dirigentes, que estão a permitir que estas crianças se tornem melhores “a brincar a sério” os Homens e Mulheres de Amanhã.

Obrigado a todos por terem lido estas palavras!
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